De volta aos palcos, após anunciar aposentadoria em 2012, Rita Lee deixou de lado a ideia de usar seu figurino dos anos 70 durante a comemoração dos 459 anos de São Paulo, na próxima sexta-feira (25).
Em seu Twitter, a veterana do rock brincou com o tempo instável da cidade para explicar a troca. "Para não morrer de frio na sexta feira, escolhi outro figurino. Sai Fruto Proibido, entra Santa Rita de Sampa", escreveu a cantora nesta terça-feira (22).
Rita Lee posou de smoking na capa do disco "Santa Rita de Sampa", de 1997
Rita havia prometido usar o vestido branco, no estilo hippie, que aparece na capa do disco seminal do rock brasileiro, "Fruto Proibido", de 1975. Agora, ela pretende usar o smoking que aparece na capa do álbum "Santa Rita de Sampa", de 1997.
O evento no Vale do Anhangabaú, no centro, ainda vai reunir os rappers Criolo e Emicida aos roqueiros Arnaldo Antunes e Edgard Scandurra, além de Zélia Duncan. A maratona de shows começa às 15h.
Organizado pela Secretaria Municipal de Cultura, o show 4 Gerações Cantam São Paulo visa a representar os diferentes estilos musicais que embalam os paulistanos há 50 anos. Rita Lee foi convocada a representar os anos de 1970 com sucessos como "Mania de Você", "Doce Vampiro" e "Ovelha Negra". Velha conhecida dos palcos da cidade, a artista será a última a cantar, por volta das 21h.
Do UOL, em São Paulo 22/01/2013
Rita Lee volta aos palcos com hits e declaração de amor por São Paulo
Rita Lee também declarou seu amor por São Paulo
por Guilherme Bryan
26 de Jan. de 2013 às 09:46
Sem grandes polêmicas, que marcaram as apresentações da
roqueira em 2012, ano que supostamente marcaria sua aposentadoria
prematura dos palcos, Rita Lee provou na noite desta sexta-feira, 25,
porque é a rainha do rock brasileiro e um dos símbolos mais adorados de
São Paulo. Em pouco mais de uma hora de show, durante a comemoração dos
459 anos da capital paulista, no Vale do Anhangabaú, ela obteve aplausos
entusiasmados e botou todo mundo para dançar. Antes dela haviam se
apresentado Zélia Duncan, Criolo e Emicida, e Arnaldo Antunes.26 de Jan. de 2013 às 09:46
Com o centro de São Paulo praticamente lotado, apesar da incessante chuva de verão, Rita Lee, 67 anos, interpretou seus maiores sucessos, deu início às comemorações de 50 anos de carreira e declarou, em vários momentos, seu amor pela cidade. Em “Mania de Você”, cantou “Sampa, você me dá água na boca”. Depois afirmou que “se não fosse São Paulo, o Brasil seria menos”. Também não deixou de dizer “daqui não saio, daqui ninguém me tira”. Com o telão mostrando imagens aéreas da cidade durante a canção “Vírus do Amor”, ela garantiu: “Dizem que santo de casa não faz milagre? Ói eu aqui outra vez”. Uma brincadeira na medida certa para o inesperado retorno aos palcos. E ainda chamou o recém-eleito prefeito Fernando Haddad, aniversariante do dia, de “bonitinho e gostosinho”.
Em uma declaração dada poucos minutos antes do show, o guitarrista e marido de Rita Lee, Roberto de Carvalho, garantiu que eles tiveram 10 dias para ensaiar e, portanto, não fariam mais do que o trivial. Porém, prometeu que o show seria quente. E foi o que aconteceu com a apresentação de treze hits de diferentes fases da vasta carreira de Rita, todos eles cantados e dançados com entusiasmo pelo público. A cantora entrou no palco abraçada com a bandeira da cidade e interpretou, entre outras, “Agora Só Falta Você”, que abriu o show (nesse momento Roberto aproveitou para fotografar o público); “Reza”, o sucesso mais recente; “Doce Vampiro”, tendo ao fundo do palco a imagem de uma Lua; “Ovelha Negra”, acompanhada por imagens do álbum de família; a junção de “Banho de Espuma” com “Chega Mais”; “Papai Me Empresta o Carro”; “Ando Meio Desligado”; “Lança Perfume”; e “Flagra”, que apresentava no telão imagens de clássicos do cinema. No bis, acompanhada de sete músicos, incluindo duas backing vocals, o marido e o filho Beto Lee, a artista entrou com uma alegoria de cobra presa nas costas para interpretar “Erva Venenosa (Poison Ivy)”.
Rita Lee já havia sido a estrela principal das comemorações dos 450 anos de São Paulo, em 2004, e, segundo Roberto de Carvalho, a torcida é para que daqui nove anos eles estejam novamente num palco público da cidade que ela declara amar tanto, apesar dos problemas: “Cidade maltratada, suja e violenta. Eu já briguei muito por São Paulo. A porra não para e não vai parar”, ela disse. E o filho e guitarrista Beto Lee garantia antes do show: “O James Brown, para ganhar forças, ameaçou se aposentar quantas vezes? 50 anos de carreira não é para qualquer um. Hoje em dia qualquer um grava disco. O difícil é ter carreira. Ela continua fazendo história e vou tocar para ela e por ela nesse palco mais baixo, que nos deixará mais próximos das pessoas, numa proximidade frutífera”.
Foi o que aconteceu e muito provavelmente quem esteve no Vale do Anhangabaú saiu com vontade de ouvir Rita Lee cantar mais e fazer uma apresentação com mais novidades e consistência. Mas o fato é que, para seus detratores, ela provou mais uma vez que está muito viva e bem disposta a continuar contribuindo com o rock brasileiro e defendendo sua cidade-natal. Não é a toa que Caetano Veloso, na canção “Sampa”, definiu Rita como a “mais completa tradução” da metrópole.Roberto de Carvalho e Beto Lee(maridão e filhão nas guitarras)
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